sábado, 17 de janeiro de 2015

Q.b.

Como qualquer pessoa, gosto de chegar a uma loja e ser bem recebida por quem lá trabalha. Gosto que sorriam, aceito de bom grado que me perguntem se preciso de ajuda, que se mostrem disponíveis, até que me falem das promoções. Mas também aprecio que me deixem à vontade, sem parecerem cães de guarda.
Acho que, como em tudo, o grau de prestabilidade deve ser adaptado ao contexto. Nas prateleiras de uma sapataria, perguntarem se procuro algum número daquelas botas é simpático e louvável. Nos provadores de uma loja de lingerie, dizerem-me para estar à vontade e chamar "se precisar de uma mãozinha", é esticar demasiado a corda.
Graças a Deus ainda consigo apertar um soutien ou vestir umas cuecas sozinha, e se precisasse de uma mãozinha não seria certamente a da empregada. Mas pronto, fica a boa intenção.

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