quarta-feira, 29 de abril de 2015

Tendências suicidas - continuação

Outra: nasci com o cordão umbilical enrolado à volta do pescoço.
E pronto, é isto. Podia dar-me para pior.

... Se calhar até não podia, agora que penso melhor. Duvido que as capacidades suicidas de um feto vão mais além. Deve ser por isso que nunca mais consegui fazer um nó de jeito, demoveram-me logo desde a primeira tentativa.

Tendências suicidas

Voltando à história do copo de lixívia, fiquei a dever uma explicação mais fundamentada:

Reza a lenda que eu tinha três anos e andava a brincar pela casa, atrás da minha mãe. De repente vi um copo em cima da máquina de lavar roupa, mesmo ali à mão de semear, e lembrei-me que tinha sede. Não cheirei, não provei, não fiz perguntas, mandei o copo abaixo de estalo e sem mariquices. Acontece que esse copo tinha lixívia lá dentro. Não foi bonito. Começou nesse dia uma relação de ódio com a lixívia, nem o cheiro eu suporto. Mas enfim, há coisas piores para enjoar.

Nada que uma lavagem ao estômago não tenha resolvido... ou, se deixou sequelas, não se notam à primeira vista. Mas qualquer coisinha já sabem, é a lixívia a falar. 

O tamanho importa

Tempo para mais uma anedota: carros comerciais em lugares de estacionamento reservados a famílias numerosas.

sábado, 25 de abril de 2015

A fechar o dia 25, boa noite

Ando intrigada

Algum entendido da matéria me explica a diferença entre o leite normal e o leite "profissional para cafetaria" (ou assim anuncia o pacote) que utilizam nos cafés? 
Fico sempre na dúvida se será mesmo leite da vaquinha o que me estão a servir, ou se se trata de alguma combinação 1/10 de leite para 9/10 de um qualquer substituto manhoso, sobre o qual prefiro nem divagar muito.

Faz de conta que recuámos uma semana

Não se está nada mal na Figueira da Foz.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Já não há cavalheiros

Cedo passagem a um tipo qualquer na estrada, e a seguir ele rouba-me o lugar de estacionamento. O que é feito da velha máxima "amor com amor se paga"?

terça-feira, 21 de abril de 2015

Bastidores

Inscrever os rebentos numa actividade desportiva é muito giro, faz bem à saúde, eles aprendem o companheirismo e o espírito de equipa, com sorte tornam-se craques e ainda nos proporcionam uma velhice feliz e desafogada. Tudo muito bonito.
Mas ninguém fala de um ponto fulcral. É que quando os putos são mais pequenos, não basta deixá-los à porta e ir buscá-los uma hora depois. É preciso acompanhá-los até ao balneário, veste, despe, toma banho, aperta os atacadores, não corras descalço. E em sendo uma situação mãe+filho rapaz, qual é o cenário ideal? Vai o miúdo enfiar-se num balneário repleto de maminhas e fios dentais? Ou vai a mãe para o masculino, para meros fins pedagógicos? O mesmo se aplica a pai+filha rapariga.
Mais ninguém se intriga com estas questões?
 
Sim, no meu ginásio há aulas para crianças. Sim, hoje tive um miúdo com os olhos cravados nas minhas mamas durante demasiado tempo.

Deslarguem-me

É preciso uma grande dose de paciência para conversar com aquelas pessoas que estão constantemente a tocar-nos, a agarrar-nos a mão, a dar toquezinhos no braço, a respirar-nos quase no pescoço. Parece que falam através de um código morse táctil. E paciência é coisa que muitas vezes me falha. Dêem-me espaço, caraças.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Sol de pouca dura

Não sei que espírito baixou sobre mim para ontem, após uma noite de serviço na farmácia, ter acordado com despertador, propositadamente para ir ao ginásio. Pelo sim, pelo não, vou consultar um especialista. Temo que isto seja uma daquelas paranóias que aparecem três dias antes morrer, e eu já tinha planos para o fim-de-semana.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Conhaque é conhaque

Essa tal nutricionista de quem a blogosfera fala é minha amiga e colega de trabalho. Deviam vê-la a emborcar tapas de queijos e vinho tinto comigo, isso é que é um reshape de qualidade.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Liebster award, ou lá se vai o meu mantra de não alinhar em correntes

A contrariar a minha opinião sobre mensagens-corrente, cá estou eu para responder ao desafio da Rainha Ervilha. Até porque a inspiração para escrever aqui tem sido pouca, e assim sempre se vão enchendo uns chouriços. Sem mais demoras, vamos lá a isto:

- Escrever 11 factos sobre nós próprios.
Não necessariamente por esta ordem cronológica ou de importância:
1. Sou farmacêutica
2. Sou canhota
3. Sou benfiquista
4. Sou alérgica a penicilina
5. Sou balança (mas não ligo ponta a isto dos signos)
6. Sou sonâmbula, sem episódios há uns bons anos (acho eu, que nunca me lembrei de nenhum, só sei porque me contaram)
7. Sou viciada em café
8. E também em praia, seja Verão ou Inverno
9. Sou uma esponja de sotaques e expressões
10. Sou a mais nova de três irmãos e de doze netos
11. Ganhei um concurso nacional de desenho, em miúda

- Responder às perguntas que nos colocaram.
1. Como é que vieste aqui parar?
Seguindo pela A2, como quem vai para... Ah, ao blogue? Já sigo blogues há uns bons anitos, e já tive um outro que data de 2009. Cansei-me, fechei a tasca e durante algum tempo fui só leitora. Agora apeteceu-me voltar a estas lides e criei este, mais simples, mais parecido comigo, sem obrigações de escrever com regularidade só porque sim.

2. Onde é que achas que isto vai dar?
Não criei o blogue com grandes expectativas, portanto o que vier é lucro. Para já, vou escrevendo umas coisas sem jeito quando me apetece e tenho tempo, e vou seguindo outros blogues. Ainda há uns quantos que se aproveitam.

3. Diz-me como te relacionas com a bicharada.
Se estivermos a falar de insectos, répteis e afins, odeio e gosto de manter distância. Dos outros gosto. Sempre tive cães, daqueles a sério que não cabem nas malinhas das senhoras. E recentemente adoptei uma gata pela qual estou francamente apaixonada.

4. Diz-me o que tens à cabeceira.
As intermitências da morte, que ando a reler. Um candeeiro com pouca luz, uma moldura, uma vela (tenho velas pela casa toda) e um creme de mãos.

5. Qual foi o momento mais idiota da tua vida?
Gostava muito de saber responder a esta, mas não me lembro de nenhum em específico. Talvez por serem muitos. Em miúda, bebi um copo de lixívia à socapa e fui parar ao hospital. Aqui está um bom exemplo de momento idiota.

6. Qual é a tua técnica preferida para sair de cena?
Se tiver de sair de cena, é porque já não faço lá falta ou sinto que estou melhor fora dela, portanto faço-o sem rodeios. Depois remoo o que tenho a remoer com os meus botões. Faço-o demais, para mal da minha sanidade. Sou muito saudosista, nostálgica e essas merdas todas que nos lixam a cabeça.

7. Quando precisas mesmo de ter tomates para enfrentar uma situação, o que é que fazes?
Arranjo-os. Metaforicamente falando. Como já disse por aqui, sou assertiva quando assim tem de ser, mesmo que isso me faça sentir uma besta depois. Não gosto de paninhos quentes, gosto de preto no branco.

8. Tens mesmo de desligar uma chamada de telemóvel, mas a outra pessoa, com quem não tens intimidade nenhuma, não se cala. Agora conta lá.
Se não tenho intimidade nenhuma com ela, também não tenho nenhuma obrigação moral de ficar a ouvi-la ad eternum. Digo com bons modos que naquele momento não posso continuar a conversa e, se necessário, agendo para outra altura mais propícia. Tipo amanhã ou então nunca, dependendo do caso. Trabalhar em farmácia torna-me uma expert a cortar conversas, senão ainda a esta hora estava ao balcão a ouvir o senhor Soares contar histórias do Ultramar.

9. Estás aflitinho/a para cagar em plena primeira vez com alguém. Agora desemerda-te.
Boa escolha de palavras. Duvido que acontecesse, o meu organismo tem bom timing e sabe definir prioridades. Nunca me deixou ficar mal. Pelo sim pelo não, poucas invenções gastronómicas. E em último caso, dá-me só um minuto que eu volto já, sim? E depois compenso-te. Pois que remédio.

10. Vai um touro a correr atrás de ti escadas acima. O que é que fazes?
Na hipótese remota de um touro aprender a subir escadas, duvido que o faça mais depressa do que eu. Tenho pernas compridas.

11. Conta-nos tudo, não nos escondas nada. A mim dá-me miminhos, mas graxa não, a menos que seja azul.
Isto é uma pergunta? [inserir aqui muitos mimos] e um agradecimento à Rainha Ervilha pela nomeação, aqui está um serão bem passado.

- Colocar a foto do Liebster Award no post e respectiva tag. (check)
- Enviar o link do post a quem te nomeou. (check)


- Nomear 11 blogues com menos de 200 seguidores.
- Fazer 11 perguntas a esses blogues nomeados.
Vou pedir permissão para saltar estas últimas regras do jogo. Só me dou com gente de 200 seguidores para cima.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

When I grow up, I wanna have boobies

É um mundo assustador, esse dos esteróides.
Não é sobre ser saudável, e até tonificado, com tudo no sítio, fazer exercício e comer bem. Isso não chega, por isso vá de se encherem de testosterona até aos olhos.
Depois lá vem o organismo, esse cabrão, tentar equilibrar a sobrecarga hormonal, produzindo estrogénios, e os nossos Rambos ficam com maminhas, queda de cabelo e a piar fininho. Aí muda-se o cocktail de medicamentos, entram as anti-hormonas e os anti-neoplásicos, fármacos assustadores que são usados em mulheres com cancro, coisas que qualquer pessoa deveria querer à distância.
Injectam-se a eles próprios se for preciso, não sabem ou fazem ouvidos moucos aos riscos que correm. Eventualmente lá conseguem o corpinho que querem - por fora. Por dentro ficam jeitosos também, com fígado, próstata e afins feitos num oito. A sorte é que já levam experiência em tomar medicamentos, daqui a uns anos vai dar-lhes um jeitaço.

Dia de São Receber

Receber um salário miserável é mais frustrante quando se lida directamente com dinheiro. Não há dia em que não me passe pelas mãos o equivalente ao ordenado de um mês, às vezes de dois. Um dia destes fujo com a caixa registadora.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Santos e Pecadores

- As meninas não deviam estar a trabalhar hoje. É um grande pecado.

... e acha que eu não concordo consigo?

Publicidade enganosa

Não acreditem nas vozes que propagam a depilação a laser como sendo indolor. Nas primeiras sessões sim senhor, uma ligeira impressão, nada de mais, porque é que não me meti nisto mais cedo. Mas agora para o fim, em que os pêlos já são escassos e é preciso aumentar a intensidade do laser para apanhar os poucos resistentes, aquilo dói que se farta. É uma espécie de acupuntura, mas com agulhas de tricot. Volta cera, estás perdoada. Na carteira também é bastante doloroso. Mas umas horas depois, pós banho de água quase fria e gel manhoso para refrescar e cicatrizar e o diabo a sete, já se dá o dinheiro por bem empregue.