É tudo menos arte. Tudo bem que há categorias de arte que são mais abstractas, onde cabe quase toda a tralha que não se parece com nada, mas que a malta acena que sim, aquilo tem muito valor, sob pena de serem apelidados de ignorantes e mentes fechadas, quando na verdade são só pessoas com bom senso. Mas ainda assim, acho que inserir unhas compridas, pontiagudas, com texturas, cores e padrões estrambólicos, em qualquer uma dessas categorias, é esticar demasiado a corda.
Os manos Revson devem andar às voltas no túmulo, paz às suas almas. Eu faço-lhes a devida homenagem, tenho sempre as unhas pintadas. Arredondadas, monocromáticas. Bonitas, julgo eu. Entediantes, dirão estas artistas em ascenção.
O certo é que este fenómeno tem crescido e está espalhado por tudo o que é rede social e gabinete de estética e beleza da Dona Mariquinhas. Ocorrem-me muitas questões para colocar às adeptas desta (por facilitismo, vamos continuar a chamar-lhe) arte. Se fazem reuniões ao bom estilo tupperware; como lavam a louça; como apanham brincos pequenos do chão - os meus são especialmente sensíveis à força gravítica; como vestem collants de vidro; e tantas outras igualmente sugestivas. Mas temo que a auto-defesa seja uma aplicações ocultas desta arte, imagino-me com cortes e escoriações várias, e opto pela ignorância. Às vezes é o melhor.
Mulheres com essas unhas são um flagelo tão grande ou maior que a Guerra.
ResponderEliminarE mais disseminado que o Ébola. Prevê-se que o vírus esteja controlado até ao final de 2015, mas para a manicure ninguém adianta previsões... Vamos depositar a nossa fé no darwinismo.
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