segunda-feira, 30 de março de 2015

E agora, tempo para uma anedota

Estavam um português, um inglês e um francês. Não, não, melhor. Era uma vez uma rapariga que tinha uma amostra considerável de roupa preta e decidiu adoptar um gatinho felpudo.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Professor, posso entregar?

O meu professor de Filosofia da secundária propôs-nos, um dia, um desafio. Folha branca, caneta na mão, sentados em silêncio. Pediu-nos que não pensássemos em nada, e que escrevêssemos sobre isso.
Dizia ele que era impossível, que estamos sempre a pensar em alguma coisa, quanto mais não seja no esforço para ignorar os pensamentos que nos vêm ininterruptamente à cabeça. Era, portanto, impossível escrever sem pensar, ou escrever sobre nada.
A esse Professor, tenho a dizer-lhe que terminei o exercício. Se o quiser corrigir, leia os últimos 100 textos que escrevi neste blog. Parece que deitei por terra a sua teoria, escrever sobre nada afinal é possível.

Uma nota de apreço

Para aquele filho de vinte cães que deixou o carro todo atravessado, quero eu dizer, que deixou o eixo central do carro alinhado na perfeição com a linha que demarca os lugares de estacionamento, e desta forma ocupou os dois últimos lugares vazios em frente à minha casa, obrigando-me a ir estacionar longe cumó caraças. Uma boa noite para si.

domingo, 22 de março de 2015

Ser cá dos nossos

"Toda a gente quer ser cá dos nossos, mas muitos acabam invariavelmente por ser dos outros. Ser dos nossos não é para todos e ser dos outros é para uma larga maioria. Aliás, melhor do que ser dos nossos é ser "cá dos nossos". Ser "cá dos nossos" é uma categoria porque é mais estreito, como se vivesse ali na rua, na casa ao lado entendem? Esperem lá, ser dos nossos é muito bom, é um jogo vitorioso, mas cá dos nossos é uma goleada à moda antiga.
Daí que, de uma forma ou de outra, lutemos todos por esta integração, fazendo tudo para estar sempre com os nossos e merecendo que assim nos considerem. De resto, qualquer conversa sobre alguém se inicia tendo por base essa premissa "tu conheces o António?". E é certinho que a resposta desde logo nos diz se é ou não é. A nossa gente é isto também. E perceber que estamos perante alguém que é da nossa gente, é como se estivéssemos abrigados numa daquelas casas feudais, com a lareira a arder e a chuva torrencial lá fora. Por isso, quando percebo que estou perante alguém que é da nossa gente, sinto um alívio parecido ao do príncipe Carlos quando os testes de ADN comprovaram a paternidade do seu filho Harry (embora ninguém acredite).
Quando estamos com alguém que é da nossa gente num instante o sabemos. Sente-se na alma, na forma como fala, no que nos diz e acerta no peito. E isso é o suficiente para lhe emprestarmos sem demora a chave do carro, a nossa casa, a nossa cama, enfim, a nossa alma."

Fernando Alvim

sexta-feira, 20 de março de 2015

As maravilhas da rádio

- Então Dona Maria, já viu o eclipse?
- Ah, vi na rádio, eles estavam a falar disso...

(são sempre Donas Marias)

quinta-feira, 19 de março de 2015

sexta-feira, 13 de março de 2015

Ainda sobre o drama de engomar

Chegar ao ridículo de ver uma peça de roupa e pensar compro, não compro? Vais dar-me uma trabalheira desgraçada de cada vez que te quiser vestir...

Merdas que me estragam o dia

Elitismos de senhores doutores.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Taras e manias

Adultos que não conseguem engolir comprimidos... como não?
Então e como fazem com o resto? Alimentam-se por sonda? Ou se for um bom petisco já escorrega bem?

segunda-feira, 9 de março de 2015

Isto sim

Dia Mundial sem saltos altos, aqui está uma comemoração a que me junto de bom grado.

domingo, 8 de março de 2015

O silêncio dos inocentes

Uma amiga foi viver com o namorado há umas semanas. Ontem estive lá em casa e, em conversa sobre lides domésticas, disse-lhe que engomar é mesmo a pior tarefa que alguém, algum dia, resolveu inventar. Ela responde-me que até gosta. Pergunto-lhe quantas vezes já engomou.
- Hum, contando com hoje, foram duas...

O que se tira deste dia

À mulher da minha vida:

"Lê isto: mãe, amo-te.
Eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
Escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
Não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
As leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes."

José Luís Peixoto, em A Casa, a Escuridão

sexta-feira, 6 de março de 2015

Dia da Mulher

Aproxima-se a passos largos uma comemoração que me causa especial urticária, o Dia da Mulher.

Tudo muito bonito, que representa a luta pelos direitos das mulheres e as suas conquistas nem mundo que se faz(ia) de homens. Pois sim. Mas se este dia é comemorado, se ainda há necessidade de vir para a rua demonstrar isto e aquilo, então é porque a igualdade afinal não se faz sentir como se julga. Em alguns contextos, as mulheres ainda são a excepção e não a regra.

À parte disso, é triste ver a reacção de muitas mulheres perante este dia. No resto do ano não partem um prato, mas se é Dia da Mulher, toca de soltar a franga e mostrar como se sentem emancipadas e rejubilantes com o segundo cromossoma X que a natureza lhes deu.

É um bocadinho como as paradas gay. Igualdade acima de tudo, cada um leva onde quer e ninguém tem nada com isso, mas não é preciso vir para a rua com lantejoulas e plumas para provar o que quer que seja.

A verdade é que neste dia, ou melhor dizendo, nesta noite, é ver o mulherio doido nos bares e discotecas, com a roupa da filha mais nova, a beber e fumar como gente grande, enquanto dançam kizombadas e se roçam em tudo o que mexa, numa tentativa desesperada de encontrar uma pilinha para brincar mais logo. Depois junta-se a outra espécime, dos machos que tentam matar a fominha junto das supracitadas, e tempera-se isto tudo com gin a gosto.

Dia terminado, lá voltam para a vidinha de todos os dias, não sai, não bebe, não fuma, não f...az nada que possa manchar a imagem de mulher recatada e puritana.

Se é assim que se pretende transmitir alguma mensagem, a meu ver não resulta. Pela parte que me toca, prefiro não pôr um pé fora de casa.

Mensagem codificada

Uma colega disse a um senhor diabético que não podia comer muito pão. Ele começou a comer croissants.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Heaven

Ninguém consegue sintonizar a porra do rádio que está no back office, somos obrigados a ouvir Renascença o dia inteiro. E eu até gosto de músicas antigas, mais antigas que eu, mas tudo o que é de mais enjoa, raios parta isto, o que eu não dava por uma musiquinha deste século, estava capaz de ouvir a Comercial uma tarde inteira.
De repente, puff, passa Tears in Heaven, mordo a língua, nunca mais me queixo, deixem lá o rádio como está.

Contado ninguém acredita

Há, no Facebook, um grupo para farmacêuticos, onde partilhamos algumas personagens e episódios caricatos do nosso dia-a-dia em farmácia comunitária. E a verdade é que todos os dias temos histórias para contar. Ontem li uma das melhores de sempre, que venho aqui partilhar convosco:
 
Utente: Era um Oleoban.
Farmacêutico: E é só?
Utente: Não... sou casado, tenho netos...
 
...
Digam lá que a nossa profissão não é encantadora?

quarta-feira, 4 de março de 2015

As regras foram feitas para serem quebradas

Dizem os manuais de atendimento que, na farmácia, devemos tratar os homens por Sr. + apelido. Obviamente, quem escreveu estes manuais não conhecia um utente nosso, de seu apelido Manguito.

terça-feira, 3 de março de 2015

É esse o espírito

O ginásio que frequento (ahhh, tinha esta frase em lista de espera) fica no primeiro andar de um edifício. A esmagadora maioria das pessoas utiliza as escadas rolantes...

Estou que nem posso

Voltar ao ginásio quatro meses depois. Quatro longos e saborosos meses em que não mexi um dedo. O drama, o horror, a tragédia, as dores nas pernas.

domingo, 1 de março de 2015

Bom português

Meninas bonitas não dizem asneiras, mas às vezes uma caralhada bem empregue faz maravilhas.

Pratica o miau

Tivesse eu cem euros na conta por cada adulta que me estende um cartão multibanco da Hello Kitty...