sábado, 5 de dezembro de 2015

(Quase um) Teste de personalidade II

Retomamos a emissão. Dou nomes bonitos aos documentos todos. Não tenho selfie stick nem ideias de investir num. Gosto muito de álbuns de fotografias, de as ter na mão, e tenho pena que, com as novas tecnologias, isso se esteja a perder. Nunca publiquei fotos de comida no Instagram. Via Pokémon na televisão porque calhava, mas não sei distinguir os jogos e só sei o nome do Jigglypuff porque é a melhor música de embalar de todos os tempos. Se voltasse a pegar numa bicicleta agora, acho que tinha de ser com rodinhas. Estaciono sempre dentro das linhas e quem não o faz merecia uma morte lenta e dolorosa, fechado numa despensa com o avô Cantigas e um corta-unhas. Sou picuinhas na vida em geral e na cozinha em particular, nunca atiro molhos ou ingredientes a la sa foda, é tudo geométrico e bonito. Nunca uso a opção "Sinto-me com sorte" do Google, cheira-me a esturro (ou a Wikipedia). Dobro os jornais ao meio, em quatro, só não dobro em sete porque dizem que é impossível. Arranco a pen sem dó nem piedade, nem essas mariquices de ejectar o disco externo com segurança. O meu computador ainda tem os autocolantes todos no sítio, ao contrário das películas do telemóvel que duram meia dúzia de segundos. À semelhança das fotografias, também os livros são em papel. O Kindle é uma invenção muito bonita mas não é para mim. Ir ao cinema é sempre outra coisa, e (apesar de já ter visto uns quantos online) não me lembro de algum dia ter feito download de filmes. Ponho X euros de gasóleo, não X litros. Rotação de ecrã, pois com certeza. Não tenho habilidades de skater. Não entendo pessoas que não conseguem engolir um comprimido inteiro. Estou a pagar pela língua, porque tenho de tomar meio comprimido por dia. Papel higiénico como na segunda imagem (é deste tipo de discussões que o mundo precisa). Protector solar sempre. Raramente tenho flores em casa e faço mal, mas quando as tenho, são bem tratadas. Os auriculares Bluetooth fazem-vos parecer maluquinhos. A sério. Ambientador no carro, nunca falha. Aparelho ortodôntico é incompatível com côdeas de pizza. Tudo em formato 24h. Não sei resolver um cubo de Rubik em tempo útil. O chapéu de sol só costuma fazer sombra à comida. Organizo as cartas por ordem crescente. Mas o Ás fica no fim. Poucos ícones no ambiente de trabalho. Mais post-it. Melancia sem pevides. Até me ajeito no Sudoku. Não vejo Star Wars e não uso bonés.
Bolas, que isto cansa.
 







 

























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